top of page

Um pouco
sobre o que penso
e como trabalho

Certa vez, em uma entrevista de emprego, eu estava falando sobre meu trabalho enquanto usava frases como “Aí a gente fez isso..., A gente fez aquilo..., A gente foi lá e...”. Nessa hora, a pessoa me interrompeu. “Por que você vive dizendo ‘a gente’ em vez de eu’?”, disse ela, com certa desconfiança no olhar.

 

Honestamente, eu nem havia me atentado a isso. Mas hoje, analisando em retrospecto, vejo que na minha carreira nunca encarei meu trabalho como algo individual. Aliás, ninguém que trabalha em publicidade - e que conhece bem o árduo processo para se dar vida a uma ideia – deveria usar a primeira pessoa do singular (ou a terceira, no caso de currículos) para se gabar de suas conquistas.  

 

Num mercado marcado por egos, tenho a audácia de dizer que eu não acredito em mim. Eu acredito em nós. Acredito em fagulhas que se incandescem na mente de uns e que viram labaredas pelo sopro de outros. Acredito em líderes que caminham ao lado, que apontam com uma mão enquanto estendem a outra.

 

Em 20 anos de carreira - 10 como Redator e 10 como líder criativo - me orgulho de ter criado campanhas que ajudaram a construir e transformar grandes marcas, nacionais e globais, como Honda (carros, motos, serviços financeiros), Chevrolet, P&G (Vick, Pampers, Oral-B, Always, Ariel), Carrefour, Coca-Cola, Nestlé, em agências como Ogilvy, Publicis NY e Publicis Brasil (atual). Mas igualmente me orgulho de ter criado, desenvolvido e liderado equipes que colocaram essas marcas em outro patamar criativo. 

 

Trabalhos que, além de tudo, renderam prêmios nos principais festivais de criatividade, como Cannes Lions, One Show, Clube de Criação, LIA, Clio, Effie Awards, New York Festivals, El Ojo. E que ainda me deram a honra de ser eleito um dos Top 100 criativos mais influentes do mercado internacional, pela publicação Creative Pool, na sua edição de 2017.

 

E, caso você se pergunte, sim, a entrevista da época deu certo. Segundo me contaram depois, muito em função do que “a gente” havia feito.

bottom of page